Impressões Mariner of the Seas – Parte 1

9

Viajamos no Mariner of the Seas, a sensação da temporada. O maior navio a operar cruzeiros no Brasil, reserva muitas surpresas para seus privilegiados hóspedes. Para ter uma idéia de como é viajar no navio, e ver também outras informações e curiosidades a respeito, leia as nossas impressões, em 4 partes.


Introdução e Histórico

O Mariner of the Seas faz parte da terceira maior classe de navios da Royal Caribbean. Além disso, é também um dos mais inovadores da companhia, e sem dúvida, o mais inovador a escalar a América do Sul. Construído entre 2001 e 2003, ele é o último dos cinco navios da classe Voyager, que quando lançada, em 1999 era a maior do mundo. Fazendo parte da segunda geração da Voyager Class, é um pouco diferente de seus gêmeos, com varandas de vidro, um Windjammer Café diferente e um bar de vinhos na Royal Promenade. O Mariner é atualmente o 8º maior navio, perdendo em tamanho, somente para a Oasis Class, a Freedom Class, o Queen Mary 2 e o Norwegian Epic. A título de comparação, o Costa Magica, um dos maiores navios a operar no Brasil, é, o 40º maior navio do mundo. Desde o seu lançamento, até 2009, o Mariner só tinha operado no Caribe. Em 2009, após uma breve passagem pela América do Sul (inclusive pelo Brasil), o navio seguiu para a Riviera Mexicana, onde ficaria baseado nos próximos anos. Porém, a Royal Caribbean decidiu manda-lo a mercados mais rentáveis, mandando-o assim para a Europa, e ainda aproveitou para no caminho fazer uma breve temporada no Brasil. Após a temporada na Europa, o navio voltará para o Caribe. Ou seja, antes de 2013 o navio não volta ao Brasil (e não deve voltar depois também).

Caracteristícas e Dados Técnicas
O Mariner, com seus 311 metros de comprimento e 138.000 toneladas, acomoda até 3.876. Atingindo até 22 nós (42.4 km/h), é também um navio rápido. Ele foi construído na Finlândia, nos Estaleiros Kvaerner-Masa (hoje STX Europe), o mesmo de onde nos próximos anos sairiam o Freedom e o Oasis of the Seas. Com um design revolucionário, é um navio divisor de águas no mercado de cruzeiros internacional (e tem tudo para fazer o mesmo papel no Brasil), é um dos primeiros a ter Parede de Escalada, Pista de Patinação no Gelo, e um boulevard central.
O Navio e seus Ambientes
Área da Piscina
De estilo clássico, mas descontraído, o Mariner é um belo navio. Esbanja de obras de arte em seus ambientes, e se utiliza de cores harmoniosas, que o embelezam. Sua principal característica é a grandiosidade de seus ambientes, e a arte, como no Restaurante Principal, de 3 andares, na Royal Promenade, de 4, e que ocupa quase toda a extensão do navio, e até mesmo em sua biblioteca de 2 andares. Há dois Atriuns, com mais de 10 andares cada, um na frente (forward), e outra na parte traseira (aft) do navio. A Royal Promenade, é o principal centro de convivência do navio, já que nele estão localizados bares e lojas, além do Café Promenade, aberto 24 horas e do acesso ao Casino Royale. Há noite, há shows, desfiles e música ao vivo no local. Dela também se tem acesso a quase todas as áreas públicas do navio. A sua frente, estão o Savoy Theater (um andar a baixo), e o Lotus Lounge, na parte de trás o acesso ao Studio B (dois andares a baixo) e ao Photo Shop, ao Bar Boleros, ao andar superior do restaurante principal, e a Recepção (que funciona 24 horas) e o Balcão de Excursões. Na Promenade, propriamente dita, a principal atração é o Café Promenade, com lanches incluídos no preço da viagem, e café e chás à vontade. 
Studio B

No Café, também é servido sorvete Ben & Jerry’s (pago a parte). Nela há dois outros bares, o Pub, de estilo inglês, Wig & Gavel, onde durante a noite, havia música ao vivo, e era permitido fumar. Mais a frente, estava o Vintages, um bar temático de vinhos. Além desses, três há lojas, como a Logo Shop, que vende souvenires e produtos com a marca da Royal Caribbean, a loja de Perfumes, a loja de Roupas e a loja de Bebidas e outros produtos. Todas, funcionam no sistema Duty-Free. No final da Promenade, na área do aft Atrium, está o balcão da Recepção, e o Champagne Bar, que tem uma decoração bem interessante.

Vista do Salão de Jantar Principal.
No deck 4, além do Casino Royale (o maior em um navio, até 2006), há o Boleros Lounge, também na área do Aft Atrium, o Schooner Bar, mais a frente, próximo ao Forward Atrium, e o nível superior da boate Dragon’s Lair. Além, é claro, do andar superior do teatro Savoy (que ocupa quatro andares do navio, sendo dois na área de passageiros, e dois mais a baixo, na área de tripulantes), e do andar intermediário do restaurante principal, o Top Hat and Tails. No deck 3, há além do teatro e do andar inferior do restaurante principal, o Rhapsody in Blue, o nível superior da boate Dragon’s Lair, a Galeria de Arte e Fotos e do escritório da RCTV (emissora de TV de bordo), o Stubio B. O rinque de patinação no gelo do navio que ocupa dois andares, e é equipado com arquibancada, bar e mesas, de onde se pode assistir o movimento no rinque. Neste local, além de show de patinação, são oferecidos patins para os passageiros que quiserem se aventurar no gelo. Em certos dias, o gelo pode ser coberto, e o local se transformar em uma grande pista de dança. Também há algumas cabines do deck 3. No deck 2, além de cabines, há o nível inferior do Studio B, o Centro de Conferência do navio e o Cinema. Nos decks superiores, 11, 12, 13, 14 e 15 também há áreas públicas, nos demais, cabines. Nos andares de cabines, na área do Centrum traseiro, há também áreas públicas como a biblioteca, que é conjugada com o Internet café, o Business Center, que é o local onde se pode se inscrever no programa de fidelidade da Royal Caribbean, o Crown & Anchor Society, e consultar e comprar cruzeiros futuros na Royal Caribbean e companhias irmãs (Azamara e Celebrity).

Entrada do Casino Royale

Nos andares superiores, há o Day Spa & Fitness Center, que ocupa dois andares, e conta até com uma piscina aquecida, e com hidromassagem. Logo na frente do nível inferior do Spa, há o Solarium, piscina exclusiva para maiores de 16 anos, que conta com decoração temática dos antigos impérios europeus e duas jacuzzis, além de um bar próprio. Do Solarium há acesso a uma área externa na Proa do navio, de onde é possível ver a ponte de comando, através de janelas de vidro. Mais a frente, está a área da piscina principal, com quatro jacuzzis, e duas piscinas, além de um palco, um bar, o Britto Pool Bar e uma loja de matérias aquáticos. A piscina principal conta com pinturas e esculturas feitas pelo brasileiro Romero Britto (e que precisam de restauro).

Royal Promenade

Neste andar, ainda há um complexo de restaurantes, que conta com o Windjammer, o Jade (ambos no sistema de buffet, e incluídos no preço) e o Chops Grille e o Portofino (à la carte e pagos a parte), nesta área também há um bar, chamado Plaza Bar. No deck de cima, o 12, há a área externa nas laterais da piscina, a jogging track, o andar superior do Spa, a área de crianças Adventure Ocean (separados em três faixas etárias, cada uma com uma sala especial) e a de adolescentes, que conta com boate e um longe para quem tem entre 13 e 17 anos. Há também o fantástico Jonnhy Rockets, uma franquia de hamburgers americana, temática dos anos 50. No andar superior, há o Sports Deck, onde estão localizados a pista de patinação in-line, o campo de mini-golf com 9 buracos e a quadra de esportes (basquete, vôlei e futebol).

Entrada do Teatro Savoy

O deck 14, é o Viking Crown, a área envidraçada abaixo da chaminé característica da Royal Caribbean. Mas, diferente dos navios da Vision Class, no local, há um bar de jazz, o Elington’s, um bar esportivo, o 19th Hole, e um salão de jogos e carteado (Cloud Nine e Seven Hearts), na parte de trás do local, há acesso a parede de escalada. Logo em cima, no deck 15 há a pequena capela, Skylight Chapel, utilizada para realizar casamentos e cerimônias religiosas a bordo.

Para mais fotos do interior do navio, clique aqui
A segunda parte, sobre a programação a bordo, pode ser acessada aqui. Já para ver a terceira parte, com informações sobre os roteiros e cidades de escala, clique aqui. A quarta, com considerações finais está disponível neste link

Observamos que este artigo não tem nenhuma relação com nenhuma companhia ou agência de viagens, é apenas a percepção de nossa estada a bordo. Os dados aqui postados, tem como fonte material fornecido a bordo e catálogos das companhias, que podem ser modificados com o tempo. Horários, valores, e informações sobre bandas e shows podem ter sofrido alterações.


Texto e Imagens (©) Copyrights Daniel Capella.
Compartilhar

9 Comentários

  1. Parabéns pelo post Daniel, bem preciso! Eu não achei o teatro Savoy bonito, achei ele como se estivesse esperando reforma sei lá porque. Mas também o navio é de que ano? Os navios de agora estão inovando em acabamento né, mas isso não tira o charme do Mariner.

    Abraços!
    Érica

  2. Boa Tarde Daniel
    gostaria de tirar uma duvida. porque um navio do porte do Mariner tão grande que nao pode parar em qualquer porto não possui TENDERS???? assim ele fica muito restrito!!!! Acho que a Royal irá rever seus planos pois o mariner tem saido com bastante gente!!!!! abs guikolbe

  3. Érica
    Ainda no dia do desembarque comentaram comigo sobre o Teatro (o teatro era meu ponto de encontro), disseram que ele não era bonito…
    Realmente, não é nada demais, mas pelo menos é confortável, e bem equipado, em se tratando de iluminação, cenário, efeitos de palco e etc.

    Guikolbe
    Acredito que ele não possua tenders, porque foi projetado para operar no Caribe, e as cidades onde os navios fazem escala lá, tem portos. A princípio, ele e seus gêmeos só iriam operar no Caribe.
    Mas, o fato de ele ter Tenders, não mudaria muita coisa, além dos tenders, é necessário que o local para fundear tenha a profundidade adequada, que o atracadouro para os tenders tenha várias posições para a atracação destes e etc.
    A Royal não deve rever os planos não, eles nunca tiveram dúvida que existe a demanda para lotar o navio no Brasil, o que, segundo eles, impede os navios maiores de fazer temporada no Brasil, é justo a infraestrutura!

  4. OLÁ DANIEL BOA TARDE…
    Eu irei embarcar no mariner no dia 12 agora e gostaria q vc por favor me tirasse uma duvida.
    À COTAÇÃO DENTRO DO NAVIO? VC CHEGOU À IR LA VER? É MUITA DIFERENÇA DA COTAÇÃO DAS CASAS DE CAMBIO?
    ATENCIOSAMENTE
    FELIPPE

  5. Trocamos alguns reais por dólares lá sim. Não tenho certeza se a cotação do dólar era diferente da oficial, porque a bordo, é difícil saber. Mas eles cobravam uma taxa para a troca.

  6. bom, após uma pesquisa rápida na internet, descobri que é possível o navio fundear sim, o que muda é a logística para o transporte até a terra… nos sites abaixo vemos navios da mesma classe que o Mariner fundeados no Caribe e que são utilizados pequenas barcas/balsas para esse transporte… ou seja, se organizar, tem como fazer o fundeio sim, basta querer!

    http://www.ultimatetaxi.com/caribbean_cruise/voyager-of-the-seas-at-labadee.htm

    http://www.flickr.com/photos/rmoisescot/4276167863/in/photostream/

    http://www.shipparade.com/az/Explorer_of_the_Seas/Explorer_of_the_Seas_2007-04-27.jpg

    http://www.shipparade.com/az/Mariner_of_the_Seas/Mariner_of_the_Seas_2008-10-14.JPG

Deixe um comentário:

Por favor, escreva seu comentário!
Preencha seu nome aqui