Impressões Vision of the Seas – Parte 1

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Passamos três noites a bordo do Vision of the Seas, da Royal Caribbean. O navio que está em sua terceira temporada na América do Sul, é de porte médio, e acaba não ganhando muito destaque na imprensa, mas ainda assim, é um dos preferidos do público brasileiro, tendo sido eleito por nossos leitores o navio do ano em 2009. Se quiser saber o que achamos do navio, quase gêmeo do Splendour of the Seas, não perca nosso especial Impressões Vision of the Seas, que começa agora.

Introdução e Histórico



“Ariel from The Tempest”, no Centrum.

O Vision of the Seas é o sexto e último navio da classe Vision da Royal Caribbean International. Lançados entre 1995 e 1998, os navios da classe Vision introduziram muitas das características que seriam marcas da frota da Royal Caribbean em outras classes. De porte médio, os navios dessa classe são ideais para mercados emergentes, e distantes. O Vision costumava fazer suas temporadas entre o Alaska e a Riviera Mexicana, até meados de 2008, mas já tinha passado por Havaí e Caribe. Porém, atualmente tem navegado na Europa (tanto no Mediterrâneo quanto no Adriático e Báltico), e no Brasil. Foi designado pela Royal Caribbean em 2009 para substituir o Island Escape que deixaria a frota naquele ano, mas muito mais do que isso, acabou se tornando o segundo navio da Royal no Brasil.

Características e Dados Técnicos

Com capacidade para algo em torno de 2,400 passageiros, e 80,000 toneladas, não é um dos maiores navios a visitar ao Brasil. Também não é dos mais novos: foi entregue em 1998, mas como teve um design inovador para sua época, chega a deixar pra trás navios mais modernos, e não deve nada, mesmo para os gigantes que freqüentam a costa brasileira. Atinge 22 nós de velocidade, e possui 11 decks para passageiros. Foi construído, assim como a maioria de seus gêmeos foi construído no Chantiers de l’Atlantique, em Saint Nazaire, na França. O estaleiro em questão também construiu praticamente toda a frota da MSC (com exceção do Melody) e navios como o Queen Mary 2 e o Normandie.
O navio e seus ambientes 
Restaurante Aquarius

Um dos pontos fortes do navio é esse: sua aparência e planta. Como é padrão na Royal Caribbean, possui centenas (talvez até milhares) de obras de arte, e decoração de primeira. Poucos são os ambientes do navio que não tenham um quadro ou uma escultura. Outra característica do navio (e da Royal Caribbean) é o mármore branco, presente em grande quantidade no Centrum e no Windjammer Café, por exemplo. No navio, o principal ponto de circulação e convivência é o átrio The Centrum, que possui sete andares de altura, elevadores panorâmicos e iluminação natural. Além, é claro, da grande escultura central suspensa, chamada: “Ariel” de “The Tempest”, que segundo seus autores, Peter Layton e Simon Moss, representa a figura de um espírito dançante, presente na obra de Shakespeare “The Tempest”. Daqui, é possível acessar praticamente todas as áreas do navio, não é por menos que é utilizado como ponto de referência a bordo. É anexo a ele que estão também a maioria dos elevadores. 

Boutiques of the Centrum

O Centrum começa no deck 4, onde fica o Champagne Bar, com sua pista de dança e palco. No andar superior, o quinto, o Centrum abriga a recepção (em inglês Guest Relations), e o balcão de excursões (conhecido como Explorations Desk). Nesse andar também estão o Restaurante Principal, chamado Aquarius Dining Room, o Casino Royale e o Teatro Masquerade. Cada um desses ambientes tem um tema diferente, mas em geral, assim como o navio seguem uma temática mística, um tanto quanto mágica, o Restaurante Aquarius em especial, é ambientado no signo de Aquário, com tons de azul, e figuras que remetem as constelações. O Casino Royale é cheio de estrelas em seu teto, e tem afrescos e esculturas intrigantes com referências ao zodíaco, além, das esculturas em forma humana, que às vezes chegam a assustar os passageiros por sua semelhança com pessoas. 

Some Enchanted Evening Lounge

O mesmo acontece no Teatro onde uma pequena menina debruçada no segundo andar parece acom- panhar o show, mas na verdade, é só uma escultura em bronze. No andar superior, além da parte superior do teatro, estão a maioria dos lounges e bares do navio: é aqui que fica o Showboat Lounge, o Schooner Bar e o Some Enchanted Evening Lounge. Também no quinto deck fica o andar superior do Teatro Masquerade, o Photoshop, a Cafeteria Latte-Tudes e as Boutiques of the Centrum. O Some Enchanted Evening Lounge é o maior bar do navio, ocupando grande parte da popa do navio, e com visão panorâmica do exterior, ele é também um dos mais belos ambientes do navio, apesar de ser pouco utilizado. Um pouco mais a frente ficam, separados pelo Centro de Convenções o Schooner Bar e o Showboat Lounge. Enquanto o primeiro, com decoração náutica, é claramente um piano bar, o Showboat não parece ter uma proposta: o local não tem palco ou um bar propriamente dito, ou seja, resumi-se a alguns sofás e mesas. 

Escultura no Showboat Lounge

É algo que não existe nos navios modernos: um espaço amplo, para relaxamento, com paredes de vidro e vários estofados. Para ficar de acordo com o atual status da indústria de cruzeiros, a área vêm sendo substituída nos gêmeos do Vision por restaurantes temáticos pagos (algo que tem também todo um significado simbólico, a teoria greedy). Após os elevadores e o Centrum ficam o Photoshop, onde é possível comprar câmeras fotográficas, fotos do interior e exterior do navio, e as fotos tiradas pelos fotógrafos de bordo, e as Boutiques of the Centrum, que ocupam grande parte do navio. O local é dividido em quatro lojas: uma de roupas de marcas como Lacoste, e que também vende as famosas Bijoux Terner e produtos da Apple e Nintendo, uma de bebidas, chocolates e produtos de uso geral, como pastas de dente e adaptadores de tomada, outra com produtos com o logotipo da Royal, e souveniers do navio, e ainda uma de perfumes e jóias. As restantes áreas públicas ficam nos decks nove e dez: as piscinas, o Windjammer Cafe, o Shipshape Spa, a área de adolescentes e crianças, e a parede de escalada. Mais acima, no ponto mais alto do navio está o Viking Crown Lounge, que é a boate do navio durante a noite, e durante o dia funciona como local de observação. 

Bar da piscina principal.

No deck nove estão, de proa a popa, o Windjammer Cafe, restaurante self-service, a piscina principal, com suas quatro jacuzzis e bar próprio, o Solarium, piscina coberta com temática Maia e também bar e lanchonete próprios, e o Spa. Acima fica o Ginásio do navio, a Parede de Escalada e o Adventure Ocean, área para crianças. Nessa última também está incluída a Teen Area, com uma Arcade e uma discoteca próprios. As cabines ficam nos decks dois, três, quatro, sete e oito. Nesses dois últimos, na área do Centrum, ficam a biblioteca, o salão de jogos (de mesa), o Internet Café e o Crown & Anchor Study, onde é possível se filiar a Crown & Anchor Society o “programa de milhagem da Royal” e comprar futuros cruzeiros.


Para mais fotos do interior do navio, clique aqui

Para ver a segunda parte do especial, com mais informações sobre refeições e programação a bordo, clique aqui. Já a terceira, com roteiros, e acomodações está disponível neste link. A quarta, com considerações finais pode ser acessada através deste link

Observamos que este artigo não tem nenhuma relação com nenhuma companhia ou agência de viagens, é apenas a percepção de nossa estada a bordo. Os dados aqui postados, tem como fonte material fornecido a bordo e catálogos das companhias, que podem ser modificados com o tempo. Horários, valores, e informações sobre bandas e shows podem ter sofrido alterações. 


Texto e Imagens (©) Copyrights Daniel Capella.
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17 Comentários

  1. Gostei do comentário, pois também fiz todos os cruzeiros com a Royal Caribian, inclusive com o Island Scape… e considero o Vision o melhor de todos. Em 8 dias de cruzeiro para o nordeste e para o Uruguai foi o mais bonito e confortavel, apesar de saturar um pouco o cardápio.

  2. Fizemos a travessia nele e não gostamos. As acbines internas nem frigobar tinham. Comida do restaurante principal carregada na pimenta e curry. Dsitribuição de malas caótica. Equipe de animação fraquíssima. E o pior é que tinhamos feito a viagem anterior no Mariner e a comparação foi inevitável. O Mariner sim é um navio excelente. A Royal não tem consideração com os brasileiros e só traz para o Brasil dois de seus piores navios, O Splendour e o Vision.

    • Realmente, nos navios mais antigos da Royal, só há frigobar em determinadas categorias de cabine. Mas discordo com a afirmação de que o Splendour e o Vision sejam os piores navios, para mim são diferentes, mas vai depender da opinião das pessoas mesmo.

  3. Eu e minha familia,fizemos o Splendour em 2010 e o Vision em 2011,nós adoramos os 02, com relação ao cardapio não temos do que reclamar,mas a animação é um pouco fraca,pois fizemos o Island Star 3 vezes e a animação era dez.Vamos fazer o Splendour agora em Março,adoramos este navio.Eliana Frandsen.

  4. Fiz 3 viagens em 2011 com o Vision e 1 este ano com o Splendour. Vision 10 x 0 em tudo, simpatia dos tripulantes, limpeza dos decks, teatro maravilhoso, enfim, Vision me conquistou e Splendour me decepcionou. Pena que ele não volta este ano….

    • Interessante é que eu diria que gostei mais do Splendour, que viajei duas vezes, em comparação com o Vision. Mas é só um exemplo de como as viagens no mesmo navio e na mesma época podem ser diferentes!

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