Anvisa divulga ranking de navios de cruzeiro.

6

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, pela primeira vez, um ranking com a classificação sanitária dos 18 navios de cruzeiro que ficam na costa brasileira durante toda a temporada de 2011 e 2012.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (19), a maioria – onze – foi classificada na categoria B, isto é, com condições sanitárias acima da média. Outros quatro navios foram englobados na categoria A, equivalente a excelentes condições.

A lista classifica os navios em quatro categorias: A, B, C e D, de acordo com o grau de risco para saúde que cada embarcação apresentou na primeira fiscalização realizada pela agência, logo quando os navios chegaram ao país.

Duas embarcações foram classificadas na categoria C, que abrange os navios em condições sanitárias satisfatórias, ou seja, na média.

Já apenas um, do ponto de vista sanitário, apresentou condições inadequadas e foi enquadrado na categoria D. Embarcações da categoria D precisam fazer correções imediatas para serem autorizadas a continuar a navegação de rotina.

Apesar de a maioria das embarcações terem sido bem avaliadas, as principais irregularidades encontradas durante as inspeções estão relacionadas aos serviços de alimentação, falha no monitoramento dos padrões de água e a presença de objetos estranhos na sala de ar-condicionado.

Na última temporada (até o ano passado), 38% dos casos de doença a bordo de navios de cruzeiro foram de diarreia aguda, tendo como principal agente causador o norovírus. Esse vírus é, geralmente, transmitido por meio da ingestão de alimentos contaminados.

Apesar da fácil disseminação e contágio, as infecções por norovírus, em geral, não são graves. Os sintomas se iniciam de 24 a 48 horas após a contaminação e são marcados pelo tipo de diarreia citado.

No que diz respeito aos serviços de alimentação, além do risco de contaminação cruzada, foram detectadas falhas no controle de temperatura de alimentos e a existência de alimentos fracionados sem identificação, além do armazenamento de alimentos fora do prazo de validade.

“Essa informação aponta para a necessidade de pensarmos em ações específicas de intervenção sanitária para o setor de alimentação dos navios de cruzeiro, pois detectamos uma tendência, ao longo das últimas temporadas, de problemas nesses setores da embarcação”, defende o diretor da Anvisa Agenor Álvares.

Todos os navios de cruzeiro que circulam na costa brasileira passam por inspeções sanitárias da Anvisa. Nestas inspeções, realizadas de surpresa, os fiscais da agência verificam a segurança sanitária dos alimentos preparados e da água para consumo humano ofertados a bordo, assim como águas das piscinas e hidromassagens, limpeza de cabines e ambientes, gerenciamento de lixo, sistema de tratamento de esgoto, controle de vetores/animais peçonhentos e salão de beleza.

Classificação
A classificação dos navios de cruzeiros em uma das quatro categorias considerou dois quesitos variáveis: o índice de conformidade e a pontuação de risco. O primeiro corresponde à porcentagem dos itens do roteiro de inspeção que foram atendidos pela embarcação.

Já o segundo é a somatória dos valores de cada item do roteiro de inspeção que não foi cumprido, de acordo com o risco envolvido. Este índice pode variar de zero (navios com maior índice de segurança possível) a 5 mil (navio com menor índice de segurança possível).

Navios classificados no padrão de qualidade sanitária A apresentam índice de conformidade acima de 95% e índice de risco abaixo de 200. O padrão B envolve embarcações com índice de conformidade entre 90% e 94% e índice de risco entre 200 e 500.

No nível C, estão os cruzeiros que apresentam índice de conformidade entre 85% e 89% e índice de risco entre 500 e 800. Já as embarcações do nível D estão com índice de conformidade menor de 85% e índice de risco maior que 800.

Texto (©) Copyright G1.
Compartilhar

6 Comentários

  1. Olá Daniel eu acho que eles não estão no padrão A,porque a maioria dos passageiros não ajudam tbém,em quase todos os ambientes do navio tem álcool em gel para higienização das mãos,são poucos que usam,e muitos já vi que enchem garrafas de água,aonde é proibido é só para pegar água como copo,colocando o bocal da garrafa que foi usada aí sim contamina tudo,e não adianta que não lêem nada,saem dos navios a passeios e comem de tudo sem se importarem com a higiene e depois se passam mal falam que é a comida do navio,isto é um absurdo,bem são minhas opiniões.

    • Sim Alda, tem razão. Mas o que a Anvisa está avaliando são as condições sanitárias antes do contato com o passageiro. A água por exemplo, pode estar contaminada antes de ser novamente contaminada por passageiros que enchem garrafas, entende?

  2. Nome do navio

    Índice de

    Conformidade

    Pontuação

    de Risco

    Padrão de

    Qualidade Sanitária

    Grand Mistral

    100

    0

    A

    MSC Música

    99

    20

    A

    Costa Victoria

    96

    100

    A

    Imperatriz

    96

    164

    A

    Ocean Dream

    93

    244

    B

    Costa Magica

    94

    264

    B

    Costa Fortuna

    97

    265

    B

    MSC Ópera

    96

    265

    B

    MSC Orchestra

    94

    300

    B

    Costa Pacífica

    94

    320

    B

    Soberano

    91

    375

    B

    Zenith

    93

    415

    B

    Grand Celebration

    92

    435

    B

    Vision of the Seas

    93

    470

    B

    Splendour of the Seas

    91

    485

    B

    Grand Holiday

    89

    535

    C

    MSC Armonia

    87

    745

    C

    Grand Amazon

    40

    2550

    D

  3. Olá, Daniel!
    Gostaria de saber quais foram os navios que tiveram melhor classificação sanitária. Você dispõe dessa informação?
    Obrigada.

Deixe um comentário:

Por favor, escreva seu comentário!
Preencha seu nome aqui