Croisières de France pretende ampliar frota e participação no mercado francês

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A CDF – Croisières de France divulgou recentemente na Imprensa Francesa que pretende adicionar um segundo navio a sua frota, que atualmente só possui o Horizon. Segundo a companhia, a a partir de Junho de 2014, um outro navio entrará em operação para sua marca, que é uma subsidiária da Pullmantur (ambas parte do grupo Royal Caribbean). O objetivo do acréscimo na oferta, é dominar uma maior porcentagem no mercado francês, hoje em grande parte dominado pelas italianas MSC e Costa. A CDF, que transportou 25 mil passageiros em 2011, 52 mil em 2012, pretende atingir 55 mil em 2013, e em 2014 e 2015 chegar aos 150 mil, podendo assim, passar sua representação no mercado, que hoje é de 12% para 18% nestes anos. 

O Blue de France (2008 – 2011) foi o primeiro navio da
companhia, e hoje navega para a Saga Holidays. 

Hoje, são conside- radas vá- rias possi- bilidades, a primeira, envolve a frota da Pullmantur, que poderia ceder o gêmeo do Horizon, o Zenith, a sua filial francesa. Também um dos gêmeos Sovereign e Monarch poderiam ser opções, em especial se a Pullmantur receber o terceiro gêmeo da classe Sovereign, o Majesty of the Seas, que atualmente opera para a Royal Caribbean International. Ou ainda, há a possibilidade de o próprio Majesty ser transferido para a CDF, sem nenhuma relação com a frota da Pullmantur. Uma quarta possibilidade, envolve o último navio da classe Century que continua na frota da Celebrity Cruises, o próprio Celebrity Century (os outros dois, Galaxy e Mercury operam hoje para a TUI Cruises). O navio, construído em 1995, deverá deixar a frota da Celebrity, que compreenderá somente navios das clases Solstice e Millennium, em breve. 

No entanto, para a companhia, a melhor opção seria o gêmeo do Horizon, que ofereceria a possibilidade de uma frota homogênea, e de manter seus padrões tanto culturais como de preços. Isso porque, no caso de qualquer um dos gêmeos da classe Sovereign ser a opção, a companhia teme, que para preencher toda a capacidade dos navios (de quase 3,000 passageiros) fosse necessário embarcar em outros portos, em outros países, como a Espanha e a Itália, o que acabaria por distorcer o produto 100% francófono que a CDF procura oferecer aos seus clientes, e limitaria os possíveis roteiros. Já no caso do Century, a preocupação da companhia é com o preço final de seu produto, já que o navio tem custo operacional maior que os dos outros, por ter sido idealizado para oferecer uma estrutura elevada e mais luxuosa. 
Horizon, atual navio da CDF, ainda a serviço da Pullmantur
em Santos, em Janeiro de 2011. 

Com os dois navios, a companhia pretende oferecer dois tipos diferentes de produto, e também uma programa- ção mais completa. A idéia seria reviver o “espírito do Bleu de France” (e possivelmente o nome) em um dos navios, com roteiros mais longos e diferentes, dedicados a passageiros fiéis a marca. Um dos navios ficaria sob responsabilidade da companhia durante todo o ano, na Europa e no Caribe, enquanto o outro operaria para o mercado francês no verão europeu, e depois seguiria para a América do Sul ou Caribe sob operação da Pullmantur. As decisões finais serão tomadas no mês de novembro. 

Reflexo Classic International Cruises
Princess Danae no Caribe

A operadora de cruzeiros francesa NDS Voyages informou que irá encerrar suas atividades, na próxima segunda-feira devido a dificuldades financeiras. A empresa, da qual a Classic International Cruises é a principal acionista, e que operava o Princess Danae, cancelou todos os seus cruzeiros após a apreensão do navio em Marselha em 15 de Setembro. A NDS existia desde 1872, e no último ano havia transportado 12,000 passageiros.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Daniel Capella e Yvan Perchoc.
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