Entrevista com candidatos à Prefeitura de Santos: Paulo Alexandre Barbosa

Sede da Prefeitura, no centro da cidade.

Dando conti- nuidade a nossa série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Santos, postamos as respostas de  Paulo Alexandre Barbosa, do PSDB. O candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto por ampla vantagem, é o nosso segundo entrevistado. O primeiro foi o candidato do PMDB, Sérgio Aquino; a ordem da publicação das respostas é a reprodução da ordem com que os candidatos retornaram a nossas solicitações. As quatro perguntas, relacionadas ao turismo de cruzeiros em Santos, foram enviadas por e-mail, e puderam ser respondidas online, com a intenção de não comprometer os compromissos dos candidatos.

Paulo Alexandre Barbosa, é um dos mais jovens candidatos à Prefeitura de Santos, natural da própria cidade, é filho de Paulo Gomes Barbosa, falecido ex-prefeito da cidade. Cursou os ensinos básicos no Colégio Santista, e se formou advogado na Unimes, faculdade particular da cidade. Porém, foi na política que fez carreira, ao ser eleito duas vezes como Deputado Estadual, batendo o recorde de votos em 2010. No governo paulista do PSDB, chegou a ser secretário-adjunto de Educação do Estado de São Paulo, secretário de Desenvolvimento, e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Seu vice é Eustázio Alves Pereira Filho, advogado e psicólogo.

1. Na última temporada, mais de 1 milhão de passageiros passaram pelo Terminal de Passageiros de Santos (Concais), a maioria deles, de fora da região da Baixada Santista, comprovadamente, porém, quase a totalidade desses veio de São Paulo (ou da Rodoviária) diretamente para o terminal, sem trazer benefício nenhum a cidade. Como segurar esses passageiros na cidade, e fazê-los movimentar nossa economia e não apenas nosso trânsito?
Resposta: Já foi identificado que 90% dos passageiros não aproveitam uma noite nos hotéis da Cidade, além disso, não desfrutam dos equipamentos turísticos. Precisamos estimular com mais intensidade a divulgação dos atrativos da Cidade em outras regiões do Estado, para que o turista já integre a permanência em Santos, antes do embarque ou no desembarque, no seu roteiro de viagem de navio.

2. Em 1982, o Jornal A Tribuna noticiava a vinda de um navio de passageiro a Santos, e no mesmo artigo criticava o terminal da cidade, na época, ainda no antiga Casa do Café, no Armazém 15: “Mal localizada, a chamada Estação de Passageiros fica longe do centro turístico, sem acesso, sem comodidade, sem conforto, e localiza-se provavelmente na área mais suja e mais feia do porto”. Hoje, a cidade possui um dos terminais mais modernos do país, e que é até bastante confortável e funciona na área dos Armazéns 25 e Frigorífico, mas ainda assim, muitas das críticas de A Tribuna são aplicáveis também ao Concais, o que fazer para ao menos, amenizar a situação?
Resposta: O terminal da Concais é o mais moderno do País, mas como está dentro de uma área de intenso movimento, requer melhor solução de acesso, sinalização e estacionamento, o que depende fundamentalmente da Autoridade Portuária.

3. Com relação ao novo Terminal de Passageiros da cidade, que será construído nos Armazéns Abandonados do Valongo, o Sr(a). entende que o ideal seja conceder a administração deste para uma das empresas envolvidas com o negócio? Vale lembrar, que uma das empresas que já movimenta navios desse tipo em Santos, entregou recentemente um projeto para a área à Prefeitura, para criar um terminal que funcionaria exclusivamente para seus navios.

Armazéns do Valongo que serão revitalizados e abrigarão um novo terminal de passageiros.