Semi-naufrágio do Costa Concordia completa um ano

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Proa já com sinais de deterioração, em foto recente,
Completou na madrugada de Domingo para Sábado, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, um ano da tragédia com o Costa Concordia, na Itália. Naquela noite, o Concordia do comandante Francesco Schettino, colidiu com rochas da Ilha de Giglio, na Itália, e começou a naufragar quando, após de ter um rasgo em seu casco feito pelas rochas, teve três de seus tanques inundados, e perdeu as forças propulsoras. 
Operação de salvamento em curso mesmo durante a noite, em foto recente.
Á deriva, e com cada vez mais água em seus porões, o navio acabou semi-naufragado bem próximo à costa da Ilha de Giglio, para onde foi empurrado pelo vento. Por isso, é certo afirmar que os passageiros do navio tiveram uma boa dose de sorte naquela noite, uma vez que, se o vento não tivesse colocado o navio na posição em que terminou, onde a profundidade é pequena, hoje, o Concordia estaria completamente submergido, e o número de mortes poderia ter sido bem maior. 
Pedaço da pedra sendo retirado do casco do Concordia. Chama a atenção a “asa” na esquerda, um dos estabilizadores do navio. 
As perdas em vidas, são irreparáveis e com certeza uma enorme tragédia, em especial em uma indústria tão segura como a de cruzeiros. Porém, é de se lembrar, analisando fria e estatisticamente, que a operação de evacuação do navio foi bastante eficiente, apesar de falha, e que o número de mortos, ou seja, pessoas que não conseguiram deixar a embarcação, representa menos de 1% do total de mais de 4,000 que estava a bordo. 
Local do rasgo no casco, na ocasião em que a pedra foi retirada. 
Cerimônia hoje em Giglio. 

Um ano após o ocorrido, o navio ainda repousa na mesma posição em que estava no momento do naufrágio, enquanto a operação de salvamento, que o fará flutuar de novo, está em andamento. A previsão para isso era o próximo mês de Fevereiro, porém, a complexabilidade da operação, e as variantes como o tempo e as marés, fizeram com que o prazo para a finalização da operação seja Setembro. A evolução do projeto pode ser analisada neste site

Parte da chaminé que foi retirada recentemente. 
Até o momento, foram realizados em maior parte preparativos, como a retirada da pedra, da chaminé e do mastro do navio. O processo de retirada do navio incluirá a anexação de grandes tanques em ambas as laterais do navio, que serão utilizados em sua reflutuação. Esses tanques, foram construídos no mesmo estaleiro que construiu o navio, o italiano Fincantieri. Entretanto, uma vez flutuando, o navio será sucateado, após todos os procedimentos legais a que será submetido pelo governo italiano. 
A retirada da chaminé ajudará a mudar o centro de gravidade do navio, o que ajudará  a colocar o navio de volta  em sua posição comum. 

Um ano após o acidente, nos resta torcer para que algo do tipo não volte a acontecer, e rezar pelas vidas perdidas naquela noite. Para não voltar a se repetir, toda a indústria de cruzeiros passou por adaptações, que tem como objetivo tornar os navios em geral mais seguros, e evitar que novos eventos do tipo venham a acontecer.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright de seus respectivos autores.
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