Ricardo Amaral, da Royal Caribbean fala sobre infraestrutura portuária brasileira

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Lisa Bauer com Ricardo Amaral durante coletiva em São Paulo. 

Na última terça-feira, em um hotel em São Paulo, Lisa Bauer, vice-presidente global da Royal Caribbean e Ricardo Amaral, vice-presidente para América Latina e Brasil, se reuniram com a imprensa local em uma coletiva para tratar das novidades de sua empresa e do mercado brasileiro em geral.

Entre os vários assuntos abordados, a infra-estrutura dos portos nacionais foi tema de destaque e veio à tona após uma pergunta sobre diversidade dos roteiros da companhia. Questionado sobre escalas no norte do país, Ricardo Amaral foi enfático ao dizer que sua empresa tem interesse em diversificar suas rotas e incluir escalas em outras cidades, mesmo de outras regiões, mas que o que faz com que isso não aconteça é a infra-estrutura deficitária dos portos do país.

Como exemplo, citando a região Norte, o executivo citou a primeira temporada do Splendour na América do Sul, a 2000/2001, quando o navio ainda novo, veio de Miami para o Brasil. Sua primeira escala no país foi em São Luís, capital do estado do Maranhão, no dia 15 de Dezembro de 2000. Segundo Amaral, neste dia, o navio por pouco não seguiu viagem por conta da maré na cidade, que ficou bem próxima de impedir que o Splendour seguisse seu cruzeiro posicional que terminaria em Santos no dia 23 daquele ano.

A título de curiosidade, nesta mesma temporada o Splendour, a 2000/2001 realizou escalas em cidades que já não são mais encontradas nos roteiros dos navios: além de São Luís, o navio escalou Florianópolis e Porto Seguro. Além da infra-estrutura problemática, outro problema dos portos brasileiros lembrado por Amaral foi o valor das taxas cobradas por estes, que além de abusivas, não estão nem próximas de corresponder ao serviço oferecido aos navios. Esses dois tópicos são os principais motivos para a limitação dos roteiros e mesmo da oferta na região, segundo ele, que também preside a ABREMAR.

Limitação da oferta, que é exemplificada pelas próximas temporadas da Royal Caribbean na região, que terão novamente só o Splendour of the Seas, realizando os cruzeiros destinados ao mercado brasileiro.

Texto e Imagens (©) Copyright Daniel Capella.
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7 Comentários

  1. Só faltou falar o que a Royal e/ou ABREMAR estão fazendo para tentar mudar a situação. Mandaram sugestões para o governo federal, municipal ?

  2. Reclamou da maré em São Luis ? ora la a variação é de + de 6 m, memso o porta buneco dele tendo 7 m de calado é afetado por isso, ora, reclama com a Lua e a influencia gravitacional dela … Baster ler as infos Basicas de São Luis e Itaqui pra ver que so tem atracação/ manobra na Preamar …

    Resposta buneco para publico buneco …

    Abs
    Marcelo

  3. Sempre as mesmas desculpas da Royal. Vê se a MSC e Costa ficam colocando esses empecilhos? Pelo contrário, sempre trouxeram seus maiores e mais novos Navios e não fica com essas baboseiras… Temos problemas? Sim temos, mas tão cedo pelo visto não serão resolvidos. Então que a Royal pare com essa choradeira…

  4. Oi Vera, ele reclama de taxas abuzivas, um dos maiores abusos é a taxa de embarque comprado por passageiro, cisa que poderia ser revisdo em um acordo de utilização do terminal, acordo entre armador e terminal, ele poderia pesar isso em uma negociação para utilização do terminal, tanto que para o terminal isso o mantem ocioso por 8 meses em um ano e pra ele tá de bom tamanho … , obvio que ha outras taxas, mas esta por exemplo poderia ser melhor avaliada e negociada

    Afinal salvo engano não ha lei que "obrigue" a RCCL a utilizar o Concais

    Abs

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