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Durante a noite no Funchal, Madeira, em um de seus últimos cruzeiros oficiais. |
Entregue em 1984 para a Sitmar Cruises como Fairsky, o Atlantic Star é um dos últimos navios a utilizar o sistema de propulsão por turbinas a gás. Navegou durante muitos anos para a Princess Cruises, e também para a P&O Cruises Australia e para a Pullmantur. Como Atlantic Star para esta última, chegou a vir ao Brasil fretado pela CVC.
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Visto em Marselha, ainda com o logo da Pullmantur antes da venda para o estaleiro coreano STX. |
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O Atlantic Star ficou imobilizado em Marselha por mais de três anos. |
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Escadarias na área da tripulação. |
Rebocado para Aliaga, Turquia, no final do último mês, após ser renomeado Antic, o ex-Atlantic Star/Sky Wonder está atualmente em fase avançada de demolição. Desde meados de 2010, o navio, que navegou pela última vez para a Pullmantur,
esteve imobilizado em Marselha, na França. Em Abril, o ex-Sky Princess foi
vendido ao estaleiro coreano STX, como parte do pagamento pelo terceiro navio da classe Oasis, que será entregue pela filial francesa do STX em 2016. A transação foi possível, por a Pullmantur ser uma subsidiária do grupo Royal Caribbean, portanto, sujeita as definições do segundo maior grupo de cruzeiros do mundo.
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Um dos corredores de cabine, com piso plastificado. |
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Interior da suíte Antibes L101. |
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Escotilhas de uma das cabines externas. |
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Cabine dupla. |
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Mobília da cabine. |
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Detalhe do banheiro da Suíte Antibes |
No período que ficou imobilizado em Marselha, o Atlantic Star esteve a todo momento sendo preservado, de forma a poder voltar a navegar comercialmente, com passageiros quase instantaneamente. Para isso, parte da mobília foi recolhida, outra foi recolhida, enquanto carpetes e outros objetos, como vasos, foram plastificados, uma prática comum em situações como essa. A intenção, é preservar esses objetos e o piso, tornando o navio mais atrativo para um possível comprador interessado em operá-lo sem gastar grandes quantias de dinheiro reformando-o. Em algumas ocasiões,
a negociação com esses compradores que chegou a ser notícia, mesmo por nós, como certa.
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Reparar na pedra semelhante a mármore na pia e paredes, utilizada na construção naval na década de 70/80, e pouco vista em navios mais modernos. |
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Uma das cabines de tripulante fora de uso. |
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Sistema de segurança, que aparentemente atendia aos requisitos do SOLAS 2010. |
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Alguns dos poucos tripulantes que continuavam a bordo em seu tempo de descanso em um lounge dedicado aos funcionários do navio. |
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Outra cabine da tripulação, também em desuso, mas ainda semi-arrumada. |
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Antigo logo da Pullmantur nas cortinas. |
Nas fotos de um tripulante da Pullmantur, é visto ainda com muitas dessas medidas, em Outubro de 2012. Outra característica que o navio guardou nestes últimos anos, foram as placas em português, e os ambientes com nomes identificados à Portugal. Isso se deve, ao esforço que a Pullmantur realizou em 2009 para adaptar o navio ao mercado português, onde deveria ter operado um roteiro com embarques em Lisboa e na Ilha da Madeira por um bom tempo. Devido a situação da época, porém acabou sendo substituído, apesar de tudo isso. Um dos exemplos aqui presentes é o Restaurante Infante Dom Henrique, que antes dessa adaptação mantinha o nome que possuía quando operava ainda para a P&O Australia.
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Relógios com horário dos navios da frota, na região das lojas, ainda funcionando em Outubro |
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Máquinas de refrigerante comuns em outros navios da Pullmantur, parte do sistema tudo incluído. |
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Entrada do Cassino Monte Carlo. |
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Escritório de Excursões, também com piso plastificado para evitar desgaste. |
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Plantas falsas também foram plastificadas para evitar o acumulo de pó. |
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Entrada do Restaurante Infante Dom Henrique,
que passou a ter esse nome após a tentativa
da Pullmantur de ter um navio luso em sua frota. |
O Atlantic Star é um dos mais novos navios a ser demolido na história recente. Havia sido construído em 1984, como Fairsky, para a Società Italiana di Trasporti Marittimi, mais conhecida como Sitmar Line. Acabou transferido para a Princess Cruises quando sua companhia construtora foi absorvida por esta, e mais tarde para a P&O Australia, onde navegou até 2006 como Pacific Sky. Nesse ano foi vendido para a Pullmantur, no ano seguinte, esteve no Brasil, ainda como Sky Wonder, nome que adquiriu ao se transferir para a Pullmantur. Possuía 46,087 toneladas e capacidade para 1,585 passageiros, em seus 240 metros de comprimento. Sua história completa pode ser
acessada neste link.
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Área do clube infantil, ainda com brinquedos. |
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Interior de um dos restaurantes com iluminação diminuída para economizar combustível. |
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O nostálgico cinema, que ficava nos andares inferiores do navio. |
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Outro ambiente do clube infantil. |
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Balcão da Recepção, desfigurada e sem identificação. |
Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Sergio Ferreira (1ª) e Junior Gama (demais).