STX France apresenta os navios do Project Orient

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O Canberra, celebre navio da P&O, foi um dos últimos construídos com a
intenção de fazer a ligação entre a Austrália e o Reino Unido.

Empresários ingleses pretendem recriar o serviço de ligação marítima regular entre a Inglaterra e a Austrália, com navios próprios, que seriam os primeiros transatlânticos de carreira construídos para este serviço há muito tempo. Recentemente os empresários responsáveis e o estaleiro STX France, um parceiro revelaram detalhes dos novos navios

Primeira impressão artística dos novos navios ainda não nomeados.

Como revelado por nós em novembro, um grupo de empresários ingleses, ligados ao negócio dos cruzeiros se reuniu ano passado para criar a Project Orient Limited (POL). Acreditando na viabilidade da volta das viagens regulares de passageiros entre a Inglaterra e a Austrália por via marítima, estes empresários procuram financiamento para poder construir dois liners de 70,000 toneladas, que realizem um serviço mensal entre os países da Commonwealth.

Um dos paceiros do projeto, liderado pelo ex-executivo da Fred. Olsen, Nigel Lingard, é o estaleiro francês STX France, ex- Chantiers de l’Atlantique, que desenvolveu um protótipo de navio adaptado especialmente às necessidades deste tipo específico de viagem. Apresentado recentemente, o projeto prevê dois navios de 70,000 toneladas, com capacidade para 1,600 passageiros e 800 tripulantes cada. Das características notáveis do nos navios, estão a proa e a popa, alongadas, hoje incomuns nos navios de cruzeiro.

Segundo Nigel, a idéia é oferecer as viagens durante todo o ano, e ter o primeiro dos navios pronto em 2016. A construção, no entanto, depende ainda do financiamento. O POL procura um interessado em bancar boa parte do valor da construção dos navios, que ronda os 900 milhões de dólares. Como Nigel detalhou ao The Telegraph, as viagens teriam 25 noites, e poderiam ser operadas pelo Cabo da Boa Esperança, com escalas somente em Singapura e na África do Sul, ou pelo Canal de Suez, com uma ou duas escalas no Oriente Médio. O que já está definido são os portos de princípio e fim das viagens que serão, na Inglaterra o de Southampton, e na Austrália o de Sidney. Mais informações estão disponíveis no site do projeto.

Durante décadas companhias como a P&O ofereceram serviços regulares entre a Inglaterra e a Austrália e  Pacífico. No entanto, assim como as viagens de carreira no Atlântico, esse tipo de viagem foi aposentado na década de 60 devido à falta de passageiros que ocasionava prejuízo aos armadores, que decidiram se arriscar no mercado de cruzeiros, ou mesmo cessar suas operações. Caso realmente construídos, os navios da POL, junto ao Titanic II e ao Queen Mary 2, de 2004, representarão uma retomada dos transatlânticos de linha, os predecessores dos cruzeiros.

 Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Tony Martin e STX France.
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