A bordo do Divina, diretores da MSC prometem novos navios no Brasil após 2017

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Projeto Seaside, desenvolvido em parceria com o Fincantieri.

Durante a cerimônia do 8° TOP MSC, no começo do mês passado a bordo do MSC Divina, os diretores regionais da MSC, Adrian Ursilli e Roberto Fusaro, comentaram sobre a possibilidade da vinda dos navios das classes Seaside e Vista ao Brasil. Com entregas previstas para 2017, 2018 e 2019, ambos os protótipos serão maiores que as atuais embarcações da frota, com capacidade para mais de 4,000 passageiros cada (em ocupação dupla). 

O primeiro semestre de 2014 foi de grandes anúncios para a frota da MSC Crociere. Além de confirmar as extensivas reformas na classe Lirica, que aumentaram o comprimento e a capacidade de passageiros de cada um dos quatro navios, e que vinham sendo especuladas desde o final de 2013, a companhia italiana encomendou novos navios. Não só uma, mas duas novas classes foram encomendadas em dois dos principais estaleiros europeus da atualidade.

Classe Vista, que será construída no STX France.

A primeira foi anunciada em março, apelidada de classe Vista, terá a princípio dois navios, com um design geral baseado na classe Fantasia. Apesar da semelhança externa, a companhia já anunciou que estes novos navios terão diversas novidades, entre elas um Yatch Club ampliado, uma promenade interna com lojas, bares e restaurantes, e um teatro adicional e panorâmico, na popa. Com entregas previstas para março de 2017 e meados de 2019, os navios desta classe serão construídos no estaleiro francês conhecido como Chantiers de l’Atlantique ou STX France. Com grandes dimensões, as novas embarcações serão as maiores da frota, com 168 mil toneladas e capacidade para até 5,700 passageiros cada.

Popa dos navios Seaside, com a piscina mais próxima ao mar.

Já a classe apelidada Seaside será única na frota da MSC e também de outras companhias. Com uma aparência diferenciada, os navios foram desenvolvidos com base no projeto Mille, do estaleiro Fincantieri. O protótipo apresenta uma proposta diferente, que visa optimizar sua operação em diversos aspectos técnicos, e modifica a experiência do passageiro a bordo. Anunciado pela companhia como revolucionário e futurístico, o projeto, como o nome provisório evidencia, coloca o passageiro em maior contato com o mar. Isso é possível graças ao design do navio, que terá, entre suas atrações, um passeio próximo ao nível do mar com lojas e restaurantes, e uma piscina ampliada na popa, também próxima ao mar. Os navios, que serão os primeiros da MSC construídos na Itália (provavelmente no estaleiro Fincantieri de Marghera, cidade próxima de Veneza), serão entregues em novembro de 2017 e maio de 2018. Ligeiramente menores que os da classe Vista, cada um dos Seaside terá 154 mil toneladas, e capacidade para 5,300 passageiros em capacidade máxima.

Até o momento, não foram anunciados oficialmente os roteiros para estes navios. A companhia apenas deu indicativos de onde pretende operá-los, na ocasião das encomendas. Os navios da classe Seaside, devido a suas características específicas, são mais propícios para destinos de clima quente, e por isso foram cotados para a América do Sul, o Caribe e o Mediterrâneo. Os da classe Vista, por outro lado, foram considerados mais ideais para a América do Norte, já que possuem atrativos que a companhia considera importantes para o mercado norte-americano, como um parque aquático e um Yatch Club ampliado, e a promenade interna.

Roberto Fusaro

Entretanto, a possibilidade de operação destes navios no Brasil ganhou força no começo do mês passado. Em 6 de junho a MSC recebeu a imprensa, agentes de viagem e convidados a bodo do MSC Divina para o 8° TOP MSC, prêmio anual entregue aos principais parceiros da companhia na venda de pacotes. Durante a cerimônia, que ocorreu no teatro do navio da classe Fantasia, Roberto Fusaro, diretor geral da MSC para a América do Sul citou os novos navios enquanto comemorava o sucesso das últimas temporadas brasileiras.

“A MSC tem quatro fantásticos navios em construção, dois navios realmente revolucionários com um desenho completamente novo; que tenho certeza que também estarão vindo para o Brasil após 2017 (quando ficam prontos)” disse Fusaro durante seu discurso. Mais tarde, durante coletiva com a imprensa, Adrián Ursilli, diretor comercial e de marketing da MSC no Brasil, também comentou sobre a possibilidade, mas foi mais cauteloso.

Apesar de concordar com Fusaro sobre uma possível vinda das embarcações ao Brasil após 2017, Ursilli lembrou da distância temporal até a data da entrega do primeiro navio, ressaltando que esse fator impossibilita previsões precisas sobre este assunto.

Durante a coletiva, o executivo ainda ressaltou o aumento da frota, que crescerá sua capacidade em 50% até 2019, dando enfase também na reforma dos navios da classe Lirica. Questionado pelo Portal WorldCruises.com se poderia adiantar mais detalhes dos projetos, limitou-se a dizer que serão criados “novos salões, bares e restaurantes”, nos novos 20 metros que serão acrescentados em cada navio.

MSC Splendida

Outra questão abordada durante a entrevista foi o crescimento da frota na América do Sul em 2015/2016, quando a MSC voltará a ter cinco navios na região e quatro dedicados ao mercado brasileiro. O MSC Splendida, único navio da classe Fantasia que nunca esteve no Brasil, realizará os roteiros com destino ao nordeste e partida de Santos (com possível opção de embarque em Salvador), o MSC Magnifica retorna aos roteiros semanais do prata com partida de Santos, enquanto o revitalizado MSC Lirica volta ao Rio de Janeiro para alternar roteiros entre o prata e o nordeste.

A maior novidade fica por conta da vinda do MSC Sinfonia, que retorna ao país – também revitalizado – após um longo período operando em outros destinos, para roteiros curtos. Durante toda a temporada realizará mini-cruzeiros de até cinco noites pelo sudeste, com embarque em Santos. Será a quarta temporada do Sinfonia, que é gêmeo do Armonia, no Brasil, tendo a última ocorrido em 2008/2009.

 Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright MSC e Daniel Capella.
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