Norwegian Cruise Line adquire Prestige Cruise Holdings por US$ 3,25 bilhões

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A Oceania Cruises e a Regent Seven Seas (RSSC) são agora parte da Norwegian Cruise Line (NCL). As companhias de alto padrão formam o grupo Prestige Cruise Holdings, que foi adquirido pela NCL por 3,25 bilhões de dólares. Operando oito navios, e com uma nona embarcação em encomenda, A RSSC e a Oceania permanecerão marcas independentes, integrando o grupo Norwegian Cruise Line Holdings, que também inclui a asiática Star Cruises.



Após o surgimento de rumores durante o final de semana, a compra da Prestige Cruise Holdings pela Norwegian Cruise Line foi anunciada ontem em um anúncio conjunto, dos dirigentes de ambas as empresas. A Prestige, controla a Oceania Cruises, que atua no seguimento premium superior, e a Regent Seven Seas é uma das líderes do mercado de luxo. Ambas operam em todo o mundo, e realizam passagens inclusive pelo Brasil. A Norwegian, por sua vez, atua no mercado comum, com navios de grande porte focados especialmente no entretenimento e na diversidade culinária, através do conceito Freestyle.

Seven Seas Mariner, uma das embarcações
da Regent Seven Seas

A compra visa diversificar a oferta da NCL, que é detida em parte pelo grupo Genting Hong Kong, que também opera diversos resorts e a companhia asiática de cruzeiros Star Cruises. O valor da venda das companhias é de 3,25 bilhões de dólares, que serão pagos com a ajuda de empréstimos em diversos bancos europeus. “A oferta combinada das marcas Norwegian, Oceania e Regent vai permitir com que os hospédes tenham um portfólio amplo de produtos e experiencias para diferentes momentos de suas vidas: dos incríveis navios Freestyle Cruising da frota da NCL, à elegante Oceania e à experiência all inclusive de luxo da Regent.” disse Kevin Sheehan, CEO da NCL.

As marcas continuarão operando separadamente e mantendo suas características individuais, sendo também administradas independentemente. Frank Del Rio, atual CEO e presidente da Prestige Cruise Holdings e fundador da Oceania Cruises, continuará no cargo, supervisionando a operação das duas companhias como atualmente. “Nós estamos animados em nos tornar parte da família Norwegian e começar um novo capítulo na história de nossa empresa”, disse Frank. “Com a Oceania e a Regent, nós construímos marcas icônicas com oferta de produto distinto e um público leal. (…) Nós estamos ansiosos pra nos unir à equipe da Norwegian e continuar a desenvolver o sucesso que as três marcas já alcançaram”, completou.

Riviera, mais novo navio da Oceania, inaugurado em 2011.

Com uma frota de cinco navios, a Oceania Cruises atua na maior parte dos destinos de cruzeiros ao redor do mundo, com especial foco no Mediterrâneo. Já a Regent Seven Seas opera atualmente três navios e possui um quarto em encomenda, com entrega prevista para 2016. Assim como a Oceania, opera em boa parte do mundo, com foco também na Europa e especial atenção ao mercado norte-americano. A Norwegian Cruise Line opera atualmente uma frota de treze navios, e possui outros quatro de grande porte em encomenda com entrega até 2019. Operando majoritariamente no Caribe e na Europa, a companhia é propriedade da Norwegian Cruise Line Holdings, que é uma empresa pública, e tem a maior parte de suas ações pertencentes à Genting Hong Kong, que também é acionista da Star Cruises. Outra acionista é a Apollo Management, que era a atual proprietária da Prestige Cruise Holdings. As três empresas são sediadas em Miami, nos EUA.

Juntas, as três companhias e a Star Cruises ultrapassam definitivamente a MSC Crociere, e formam a terceira maior empresa de cruzeiros do mundo, atrás apenas da Carnival Corporation e da Royal Caribbean Cruises. Com o constante crescimento em sua frota, a italiana MSC chegou a ocupar o terceiro lugar no ranking de companhias recentemente, mas acabou ultrapassada novamente após a inauguração de mais navios na Norwegian.

Viking Star, da Viking Ocean Cruises: tamanho e proposta
semelhantes às dos navios da Oceania

Com a venda, a Oceania e a Regent ganham fôlego na briga com a Viking Ocean Cruises e as marcas concorrentes dos grupos Carnival e Royal Caribbean, que possuem amparo das grandes corporações que fazem parte (a Viking River Cruises, que controla a filial marítima é a maior companhia de navios fluviais, recendo uma média de 10 novas embarcações por ano para navegação nos rios, principalmente da Europa). Antes da venda, a Prestige Cruise Holdings planejava abrir a empresa com a venda de ações, e publicou IMO em janeiro. A companhia havia sido comprada pela Apollo em 2007 por 850 milhões de dólares.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Daniel Capella e Viking Ocean Cruises. 
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