Escritório no Brasil é primeiro passo para possível operação nacional, diz VP da NCL

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Durante o evento em que anunciou a abertura do escritório brasileiro da Norwegian Cruise Line Holdings, Francis Riley, vice presidente de vendas internacionais da NCL, explicou que a principal intenção da companhia com esta ação, é levar o passageiro brasileiro para os destinos já servidos por sua marca. Entretanto, afirmou que uma operação regional é “definitivamente” possível no futuro.


Ao anunciar a abertura do escritório brasileiro da Norwegian Cruise Line Holdings, no final do último mês de janeiro, os executivos da companhia que estiveram no evento concederam uma entrevista coletiva aos jornalistas presentes. Francis Riley, vice-presidente de vendas internacionais, Estela Farina, diretora do escritório da companhia no Brasil, e Christian Sierralta vice-presidente de vendas para América Latina, falaram sobre as novidades da cruise holding, que engloba três marcas, a Norwegian Cruise Line, a Oceania Cruises e a Regent Seven Seas Cruises.

Seven Seas Explorer

A Norwegian Cruise Line (NCL), marca mais popular do grupo, inaugurará o Norwegian Escape em outubro deste ano e terá também pela primeira vez o Norwegian Epic durante o ano todo na Europa. Enquanto isso, a Regent Seven Seas, companhia de luxo do grupo, inaugurará em 2016, o Seven Seas Explorer, intitulado pela marca “o mais luxuoso jamais construído”, Já a Oceania Cruises, companhia upper-premium, também terá um novo navio em 2016, o Sirena, ex-Ocean Princess.

Durante a entrevista, o Portal WorldCruises.com questionou Francis Riley sobre a possibilidade da Norwegian Cruise Line trazer um navio para operar no mercado brasileiro; a Oceania e a Regent Seven Seas já trazem seus navios ao país em roteiros de longo curso. A NCL realizará, a partir desta próxima temporada, roteiros entre Buenos Aires e Valparaíso, em um retorno para a América do Sul após um hiato de vários anos.

O executivo afirmou que o objetivo primordial da abertura do escritório é a utilização do mercado brasileiro como um source market. Ou seja, levar os passageiros brasileiros para os roteiros da companhia ao redor do mundo. Afirmando que atualmente não existem planos concretos para isto.

Segundo ele, os brasileiros viajam principalmente para Europa, Caribe e Alaska, com os novos roteiros da Norwegian na América do Sul surgindo como uma nova oportunidade de destino, devido à proximidade.

Riley durante a entrevista.

Entretanto, Riley confirmou que uma operação nacional é algo que pode ocorrer futuramente. “É definitivamente algo (que tentaríamos) no futuro”, disse. O executivo usou como exemplo o mercado do Reino Unido, que é o maior mercado da companhia após o norte-americano, e não possui um navio baseado em seu litoral. Lá, após anos sem navio com embarque em portos ingleses, a companhia realizará dois embarques, com o Norwegian Epic em Southampton, em setembro deste ano.

“A questão é trazer o passageiro que procura uma experiência de fly-cruise (voo seguido de cruzeiro em outras partes do mundo), não de cruzeiro doméstico (na costa de seu país). Mas isso não significa que nós não estejamos comprometidos, e pensando em trazer navios pro Brasil”, disse ele. “Ainda assim, no momento, nosso foco é o Caribe, a Europa e o Alaska”, concluiu.

Norwegian Getaway

Atualmente, a Norwegian Cruise Line opera uma frota de 13 navios, incluindo três de grande porte, os gêmeos Norwegian Breakaway e Norwegian Getaway, e o Norwegian Epic. Além destes, a companhia tem mais quatro navios em encomenda; estes quatro serão ainda maiores que estes três. Atuando apenas em quatro destinos: Europa, Havaí, Caribe e Alaska & Costa Oeste dos EUA, é natural que a companhia busque novos destinos para seus navios mais antigos conforme os novos forem entrando em operação.

Além do Brasil, a China e a Ásia, como um todo, são os principais aspirantes a receber navios da companhia num futuro não tão distante. Frank Riley também abordou a China durante a entrevista, dizendo que a Ásia é claramente uma oportunidade para o mercado de cruzeiros. “A questão não é se nós iremos para a Ásia, e sim quando iremos para a Ásia”, disse.

SuperStar Virgo, um dos navios da Star Cruises

Ele lembrou que, por a Norwegian Cruise Line ter como sua maior acionista a Genting Hong Kong, que também é a maior acionista da Star Cruises, não havia até então a necessidade para a Norwegian de enviar navios para a Ásia.

A Star Cruises é uma companhia de cruzeiros com sede na Malásia, que opera uma frota de seis navios, com roteiros que abrangem quase exclusivamente a Ásia. Os principais mercados da empresa são a China, Singapura, a própria Malásia e a Índia, entretanto, passageiros de todas as regiões da Ásia são comuns a bordo.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Antonio Simas, RSSC, Pedro Henrique Plácido, Meyer Werft e Wei-Lin Chen.
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