Navios por Dentro: Star Breeze

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Um dos três novos navios da Windstar, o Star Breeze é o navio retratado por essa edição da série Navios por Dentro, de Rui Agostinho. Confira aqui a história do navio, que navegou até o ano passado pela Seabourn, e os seus interiores que foram totalmente reformados recentemente!

Um dos três yatchs originais da Seabourn, o Star Breeze ganhou vida nova na frota da Windstar Cruises. Após deixar a frota de sua companhia original em abril deste ano, passou por uma grande reforma e agora é uma das seis embarcações da frota da Windstar Cruises, companhia especializada em navios de pequeno porte de alto padrão.

O Star Breeze é o segundo navio “comum” a operar pela Windstar Cruises. A companhia é conhecida por operar veleiros modernos, que operam não só com velas computadorizadas, mas também motores à diesel. Estes navios compunham exclusivamente a frota da companhia até o ano passado, quando o Star Pride entrou em operação; assim como o Breeze, o Pride é um ex-yatch da Seabourn. Star Pride, Star Breeze e um terceiro gêmeo, o Star Legend foram comprados pela companhia em conjunto, em 2013.

Enquanto a Seabourn, uma companhia do grupo Carnival, viu a venda de seus três navios mais antigos como uma chance de modernizar sua frota, a Windstar viu uma oportunidade de expandir sua frota e diversificar sua oferta. Assim, em fevereiro do ano retrasado, as companhias anunciaram o negócio. Com roteiros anunciados pela Seabourn até 2014 e 2015, os navios passariam para a Windstar apenas nos anos seguintes, e seriam amplamente reformados antes de entrar em operação pelo seu novo operador.

A Windstar foi fundada na metade da década de 80. com uma frota inicial de três mega-veleiros, de cerca de 5,500 toneladas. Operando em destinos tropicais como a Polinésia Francesa e as Bahamas, os navios operavam cruzeiros de alto padrão, e tiveram significante sucesso. Tanto que, em 1987, a Holland America Line (HAL), famosa por seus cruzeiros premium em navios de médio porte, adquiriu parte da companhia.

Ainda independente, a HAL cancelou uma encomenda de dois veleiros que havia sido feita alguns anos antes pela Windstar. O plano era construir dois navios ainda maiores, mas com as mesmas características dos veleiros originais. Já em estágio avançado de construção, os navios acabaram sendo completados para a gigante dos resorts Club Med. A Holland America, no entanto, decidiu manter a marca operando de forma independente, e foi adquirida pela Carnival Cruise Lines apenas dois anos depois.

Com a venda da Holland America, a Windstar acabou também propriedade da Carnival Cruise Lines, e passou a ser parte em 2003 do recém formado grupo Carnival, a Carnival Corporation Plc. Pouco antes, a companhia passou por seu maior golpe, o incêndio em um de seus navios que o levou à perda total. Em dezembro de 2002, o Wind Song se incendiou próximo ao Tahiti. Os 127 passageiros e 92 tripulantes que estavam a bordo no momento foram evacuados em segurança, mas o navio acabou sofrendo dano considerável, e foi considerado irreparável.

No ano seguinte, foi afundado pelo governo regional, para se tornar um recife artificial. A Windstar continuou uma das World Leading Cruise Lines do grupo Carnival até 2007, quando a empresa de Micky Arison resolveu vender a marca. O comprador foi a Ambassadors International, que declarou falência em 2011. Em leilão, a companhia foi novamente vendida, dessa vez para seu mais recente proprietário, a Xanterra Parks and Resorts. O lance que arrematou a companhia foi de 39 milhões de dólares, valor consideravelmente baixo, em se considerando que apenas um dos navios da companhia pode valer mais.

O novo proprietário decidiu revitalizar a companhia, com a reforma dos veleiros da frota atual, a criação de uma nova campanha de marketing e um novo logotipo, e a diversificação da oferta e roteiros, através da compra de navios diferentes. É aí que entra o Star Breeze, e seus gêmeos. Construídos para a Seabourn Cruise Line, outra das companhias do grupo Carnival, no final da década de 80 e início da década de 90, os três são mega-yatchs projetados para cruzeiros de luxo.

O Star Breeze, por exemplo, possui capacidade para acomodar cerca de 210 passageiros em ocupação máxima, que são servidos por 164 tripulantes enquanto desfrutam das 9,975 toneladas brutas do navio. Com construção alemã, foi lançado em 1989, e havia até este ano, navegado exclusivamente pela Seabourn, que o operava em roteiros tradicionais, como o Mediterrâneo, mas também em locais mais exóticos como a Ásia.

Com a Windstar, tem roteiros previstos para o Caribe e a Europa, com destaque para os cruzeiros pelo Adriático e Ilhas Gregas, com base em Veneza, e o com passagem por Mônaco durante o Grand Prix de Fórmula 1. Antes de sua inauguração em maio, o navio passou por uma reforma que custou cerca de 9 milhões de dólares, tendo boa parte de seus interiores reconstruída.

Texto (©) Copyright Daniel Capella. 
Imagens (©) Copyright Rui Minas Agostinho. 
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