Costa com novidades para a temporada 2016/2017?

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Temporada 2016/2017 pode marcar retorno do ex-Grand Mistral,
agora Costa neoRiviera, ao Brasil. 

A Costa Crociere está repensando sua temporada 2016/2017 ao redor do mundo. Enquanto roteiros no Mediterrâneo e nos Emirados foram modificados, a temporada brasileira, que a princípio teria Costa Mediterranea e Costa Pacifica, também pode sofrer alterações. Uma possível mudança poderia diminuir ainda mais a oferta no Brasil, que já é significantemente inferior à oferecida há alguns anos. 


Mesmo tendo publicado anteriormente a programação de sua frota para a temporada 2016/2017, a Costa Crociere só deve anunciar os roteiros definitivos para a época no final deste mês. Isso porque os roteiros anteriormente previstos foram revistos, e a versão final deve apresentar diferenças daquela que foi publicada há quase um ano, em meados de março de 2015.

Com a nova realidade em destinos como a Ásia e a América do Sul, a companhia está promovendo, o que parece ser, uma reorganização de sua frota nos destinos nos quais navega. Até o momento, os roteiros de doze dos quinze navios da frota já foram atualizados e estão disponíveis para reserva. Outros três navios ainda não tiveram seus destinos anunciados.

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Para o Brasil e América do Sul, a companhia pode promover mudanças. Originalmente, a temporada previa que Costa Pacifica e Costa Mediterranea estivessem na região, com embarques, respectivamente, em Santos e Buenos Aires. Após a revisão, no entanto, os roteiros do Costa Pacifica na região foram suspensos. Atualmente, apenas o Mediterranea tem travessias atlânticas com destino à América do Sul em seus itinerários. Travessias que, aparentemente, ganharam passagens pelo porto de Santos, que até então estava de fora do roteiro.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a região de Dubai e Emirados Árabes também perdeu um navio. O roteiro é realizado principalmente por italianos e europeus, que chegam ao porto de embarque, Dubai em voos vendidos pela própria Costa. O Costa Fortuna, que passará a ser dedicado aos passageiros asiáticos partir de abril, tinha previsto um breve retorno ao “ocidente” no final do ano para os roteiros no Oriente Médio. O Fortuna teria companhia do Costa neoRiviera, ex-Grand Mistral, nos roteiros nessa área, que são realizados na mesma época da temporada brasileira, entre dezembro e março.

Ambos tiveram seus roteiros na região suspensos recentemente. O Costa Fortuna deve permanecer na Ásia, servindo o mercado chinês ou com roteiros a partir de Singapura. O Costa neoRiviera, foi substituído pelo Costa neoClassica, que a princípio navegaria no Mediterrâneo durante o inverno, e agora realizará os roteiros do ex-Mistral, que visitam também a Índia e o Sri Lanka.

Costa Pacifica: América do Sul ou Emirados? 

O novo destino do neoRiviera está em aberto. Assim como o do Costa Pacifica, que navegaria na América do Sul. O restante da frota permanece em seus destinos anteriormente anunciados, conforme tabela a baixo elaborada com dados disponíveis no site da Costa Crociere.

Analisando o mercado e com nosso conhecimento e experiência no setor, podemos apontar algumas alternativas para os navios ainda sem roteiros definidos e os destinos envolvidos. Enquanto os Emirados Árabes não devem deixar de receber um navio grande, da frota principal da Costa, a América do Sul deve mais uma vez ter dois navios operando em seus dois principais mercados, o argentino e o brasileiro.

Assim, uma hipótese, que tem sido reforçada também por rumores, se destaca: a troca do Costa Pacifica pelo Costa neoRiviera na América do Sul. O ex-Grand Mistral poderia retornar a região no lugar do navio da classe Concordia, diminuindo a oferta na região, que está em baixa e tem sua economia envolta em uma sombria crise. Nos Emirados Árabes, por outro lado, a Costa teria um de seus maiores navios, fazendo frente ao gigante MSC Fantasia, da MSC Crociere – a principal concorrente da Costa, e que irá estrear nessa região em 2016/2017.

Costa Victoria passará ao menos mais um ano na
 Ásia, onde navega desde 2012.
Com o Pacifica a partir de Dubai, a Costa teria oferta na região semelhante à de anos anteriores, quando outros navios da classe Concordia, como o Serena e o Favolosa, navegaram por lá. De quebra, a companhia ainda poderia aumentar a oferta no pujante mercado chinês, que vem crescendo de forma contundente. Com o Fortuna permanecendo na Ásia, a companhia poderia dedicá-lo diretamente ano a roteiros a partir dos principais portos da China, como Shangai ou Tianjin, durante o ano inteiro, ou promover sua estréia em roteiros a partir de Singapura durante a temporada 2016/2017. Nessa segunda hipótese, o navio que antes realizaria esse roteiro, seria deslocado para a China. 
Assim, a Ásia teria quatro dos navios da Costa durante todo o ano, enquanto os Emirados passariam a receber o Costa Pacifica e o Costa neoClassica; e a América do Sul teria uma reduzida temporada com Costa Mediterranea e Costa neoRiviera. 

É importante notar que, ainda que não tenha roteiros definidos para a temporada 2016/2017, o Costa Fortuna dificilmente navegará em outra região nessa época que não a Ásia e os Emirados. Isso se deve, principalmente, à distância da China – onde o navio estará no final de 2016 – para outros destinos ocidentais como a América do Sul ou o Caribe,

Se a Costa retirou o Fortuna de Dubai para dedicar um navio maior ao destino, o seu objetivo, no entanto, também pode ser atingido de outra forma. O Costa Serena, atualmente dedicado ao mercado chinês também na temporada 2016/2017, poderia ser deslocado momentaneamente para os Emirados, como o Fortuna faria originalmente. Nessa hipótese, a América do Sul teria oferta semelhante, com Mediterranea e Pacifica, e Dubai receberia a dupla Serena e neoClassica enquanto a Ásia permaneceria com três navios: Fortuna, Atlantica e Victoria. 

Grand Mistral, atual Costa neoRiviera, pode voltar ao Brasil no final deste ano

A companhia ainda pode optar por dedicar apenas o Mediterranea à América do Sul, deixando o neoRiviera no Mediterrâneo – nos roteiros originalmente previstos para o neoClassica – e dedicando o Pacifica aos Emirados. Nessa hipótese a oferta na Ásia também é aumentada para quatro navios.

Uma quarta hipótese, é a manutenção dos roteiros como de forma semelhante à originalmente anunciada. Nesse caso, o Pacifica permaneceria dedicado aos roteiros na América do Sul e o Fortuna a Dubai. Apenas o neoRiviera teria novo destino; substituiria o neoClassica no Mediterrâneo. Essa opção, no entanto, devido à própria natureza das mudanças, é a mais improvável dentre as quatro.


Plano Original:
Mediterrâneo: Costa Diadema, Costa Fascinosa, Costa neoClassica;
América do Sul: Costa Pacifica e Costa Mediterranea;
Dubai e Emirados: Costa Fortuna e Costa neoRiviera;
Caribe: Costa Deliziosa, Costa Favolosa e Costa Magica;
Volta ao Mundo: Costa Luminosa;
Índico: Costa neoRomantica;
China e Ásia: Costa Serena, Costa Atlantica e Costa Victoria.

Após revisão em janeiro:
Mediterrâneo: Costa Diadema, Costa Fascinosa;
América do Sul: Costa Mediterranea;
Dubai e Emirados: Costa neoClassica;
Caribe: Costa Deliziosa, Costa Favolosa e Costa Magica;
Volta ao Mundo: Costa Luminosa;
Índico: Costa neoRomantica;
China e Ásia: Costa Serena, Costa Atlantica e Costa Victoria.
Ainda sem destino definido: Costa Fortuna, Costa Pacifica e Costa neoRiviera.

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright Desconhecido (neoRiviera) e Daniel Capella (todas as outras).
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10 Comentários

  1. Parece que a escala do Mediterranea em Santos durante a travessia foi suspensa novamente. Pelo menos é o consta nesse momento no site italiano da Costa.

  2. Fico me perguntando: Como é que o Brasil pode competir com a China, a 2ª potencia econômica do planeta?
    Estamos perdendo mercado, para quem temos que perder mesmo.

  3. Essa mudança no Brasil começou a acontecer quando a Costa mudou a presidência, ficando o presidente da Aida, ele pelo jeito odeia a temporada daqui, com ele foi só oferta caindo! O antigo presidente investia mais nos dois mercados China e América do Sul, agora que ele foi definitivamente pra Ásia, olha a temporada de lá, e não tem ninguém pra intervir por nós…

  4. A MSC tambem esta diminuindo a oferta na região,pois no RJ ultimamente só enviam navio menor e antigo reformado para caber mais gente. Quanto a Costa, apesar de não mandar o Diadema, pelo menos faz embarque nos dois portos. A questão é unicamente financeira e de estratégia, pois ao contrário dos orgãos oficiais envolvidos nessa cadeia toda, as empresas precisam focar suas operações em locais viáveis e sustentáveis,o que não parece ser o caso em nosso país.

  5. As grandes Cias de navios de containers operam no Brasil, com lucro, há muitos anos. As Cias de cruzeiros é que podem escolher o lugar onde tenham mais lucro, aí competir com China, Austrália e Cuba(Caribe), fica difícil.

  6. A maior parte do transporte de carga mundial é feita por navios, tanto pela quantidade como pelo custo, inclusive a maior parte de nossa exportação que possivelmente ficaria inviável por outros meios.Até mesmo para países em guerra ou em crise econômica ainda funciona assim. Agora se até Cuba está conseguindo brigar nesse mercado de cruzeiros, a meu ver com outras particularidades, nossas perspectivas a curto ou médio prazo não são nada animadoras.

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