STX anula contrato de navio líbio.

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O X32 no último dia 24. 

O estaleiro francês STX Europe, também conhecido como Chantiers de l’Atlantique, em St. Nazaire, na França, cancelou oficialmente o contrato com a armadora líbia GNMTC. A Armadora tinha encomendado, há pouco mais de um ano (veja nota da época), um navio de cruzeiro, com 1,739 cabines e 139,000 toneladas. O navio seria bem parecido com os da Classe Fantasia da MSC, e seria entregue no final de 2012.

MSC Fantasia
Porém, há pouco tempo, o estaleiro decidiu romper o contrato por falta de pagamento. Ao assinar o contrato, a GNMTC, pagou 10% do valor do navio, na época, foi acertado que outros 25% do valor seriam pagos em Maio desse ano. Porém, como já haviamos adiantado, ainda em Maio, a empresa líbia não honrou seus compromissos. Os problemas que a Líbia vem enfrentando, e a guerra das forças de coesão internacionais contra as do General Kadhafi teriam sido também um empecilho a continuação dos planos da empresa, que é estatal, e administrada por um filho de Kadhafi. 
Enquanto isso o X32 (nome não oficial utilizado pelo estaleiro), já está cerca de 40% concluído. E segundo decisão do estaleiro, os trabalhos não cessarão. Assim, o STX aposta que outro armador poderá se interessar em comprar o navio, provavelmente por um preço menor do que o normal. Naturalmente, a maior interessada seria a MSC, que já tem dois navios iguais ao X32, e outro sendo construído no mesmo estaleiro. Porém, segundo sites da França a negociação não é tão simples, e poderão entrar em cena outras empresas. Isto porque a MSC estaria oferecendo muito pouco pelo navio, e creditando sua oferta, à dificuldade que o STX Europe tem tido para ganhar novas encomendas (além do navio da MSC e do X32, tem só mais um, o Europa da Hapag-Lloyd, que ainda está em fase de projeto). 
Armonia e Mistral juntos, porém, ainda à serviço
da Festival Cruises. 
Essa é uma ótima ocasião para qualquer armador de navios de cruzeiro, já que é possível adquirir um navio novo, muito grande (maior que os navios da Voyager Class da Royal Caribbean), por um preço abaixo do normal. Na história recente, alguns casos parecidos aconteceram, como o do Norwegian Sky, que estava sendo construído na verdade para a Costa como gêmeo do Victoria, e também com o Empress, da Pullmantur, que seria construído para uma companhia chamada Admiral Cruises. Ocasião semelhante só acontece quando da falência de uma companhia, como quando da Reinassance, ou Festival, em que seus navios (o ex-Blue Dream, Insignia, o MSC Armonia, MSC Sinfonia, Grand Mistral) foram leiloados para conseguir levantar fundos e cobrir suas dívidas. 
Texto (©) Copyright Daniel Capella, com informações de MeretMarine.
Imagem (©) Copyright Jacques Riegert, MSC e Mont Serrat Reporter
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2 Comentários

  1. Po,seria uma boa hora de surgir uma empresa brasileira no ramo de cruzeiros marítimos,não?
    Até a Líbia estava fazendo um navio de 333 metros, e o brasil só tem barcos de "pesca"…
    Mas pelo visto a Msc vai se da bem nessa.

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