Flutuando, Costa Concordia inicia última jornada, com destino a Gênova onde será desmontado

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Com dois dias de atraso, o Costa Concordia partiu na tarde de hoje do cenário do seu naufrágio, a Ilha de Giglio. Posto de volta a flutuar em operação de recuperação bilionária e financiada pela Carnival Corporation, o navio, que liderou a classe que até hoje leva seu nome, partiu para Gênova, onde chegará em quatro dias e será desmontado.

Após mais de dois anos imóvel na baía da Ilha de Giglio, na Itália, o Costa Concordia voltou a navegar na tarde de hoje. Rebocado, e com velocidade reduzida, a embarcação que operava para a Costa Crociere até janeiro de 2012, está sendo levado à Gênova, onde entrará no estaleiro San Giorgio del Porto para sua total demolição.

A partida da embarcação é o ato final de uma operação de resgate do navio que durou cerca de dois anos, e custou aos cofres da Costa e Carnival Corporaion cerca de dois bilhões de euros. Duas empresas foram responsáveis pelos trabalhos, que atrasaram em mais de um ano devido a inesperadas dificuldades técnicas: a norte-americana Titan e a italiana Micoperi.

A operação foi dividida em três partes. Na primeira fase, o navio foi estabilizado, e uma plataforma foi construída abaixo do naufrágio. Ainda nesta fase foram construídos os flutuadores e a estrutura necessária para a reflutuação do lado esquerdo da embarcação, que estava fora da água. Na segunda fase, ocorreu a operação de Parbuckling, quando o navio foi colocado de volta em posição, com a ajuda de macacos hidráulicos e da plataforma construída anteriormente.

Após a construção dos flutuadores e a finalização da estrutura necessária para a reflutuação do lado direito da embarcação, o navio foi colocado de volta a flutuar, na terceira fase, que teve inicio há cerca de uma semana. Com o navio em posição e flutuando (apesar de com um calado de quase 20 metros), pode ter início o transporte até Gênova, onde será desmontado.

O Concordia naufragou parcialmente em 13 de janeiro de 2012, após chocar-se com rochas subaquáticas na região de Giglio. Com rombos no lado esquerdo do calado, o navio foi levado para o mais próximo da costa da ilha possível, e só não naufragou totalmente por conta da baixa profundidade da área. Dos cerca de 4,200 pessoas a bordo, 30 deixaram o navio sem vida, enquanto outras duas continuam desaparecidas.

Para ver mais fotos recentes do Costa Concordia, incluindo várias de seus interiores, clique aqui

Texto (©) Copyright Daniel Capella.
Imagens (©) Copyright “The Parbuckling Project”. 
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1 Comentário

  1. O prejuízo que aquele cidadão causou é algo fora do comum. O custo dessa operação é incrivelmente alto. Daria para comprar 1 classe Oasis.

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